Thammy Miranda desmente acusações e retira apoio de CPI contra Padre Júlio Lancellotti, alegando fake news – Saiba mais!

Thammy Miranda se pronuncia sobre polêmica envolvendo apoio à CPI das ONGs

Thammy Miranda, conhecido por ser filho da famosa cantora Gretchen, resolveu se manifestar nesta quinta-feira (4) após ser criticado por apoiar a CPI das ONGs, que tem como alvo o padre Júlio Lancellotti e sua atuação filantrópica na Cracolândia, em São Paulo. O vereador, que atualmente faz parte do partido PL, afirmou que não tinha conhecimento de que o nome do sacerdote estaria envolvido na investigação e que jamais assinaria qualquer documento que tivesse como objetivo atacar o trabalho do padre.

Em entrevista ao jornal O Globo, Thammy afirmou que foi vítima de fake news e acusou o vereador Rubinho Nunes, do MDB, de fazer campanha política em cima da situação. Ele alegou que em momento algum o nome de Júlio Lancellotti foi citado no requerimento que assinou e enfatizou seu apoio ao trabalho do sacerdote.

Thammy destacou que o padre Júlio Lancellotti está lá para ajudar as pessoas, assim como ele mesmo está do mesmo lado. Para ele, a polêmica gerada em torno do assunto se trata de uma grande fake news e acusou o vereador de estar se aproveitando da situação para benefícios políticos.

O vereador aproveitou a ocasião para exaltar o trabalho de Júlio Lancellotti e afirmou que sua intenção ao assinar o requerimento da CPI era proteger os usuários da região e as pessoas que moram próximo à Cracolândia. Além disso, ele revelou que pretende contar com o apoio do sacerdote na recuperação humanitária do centro de São Paulo.

Thammy entrará com requerimento para retirar sua assinatura na CPI

Nas redes sociais, Thammy também se manifestou sobre o caso e reforçou seu apoio ao padre Júlio Lancellotti. Ele deixou claro que a comissão que assinou tinha como intuito proteger os moradores do centro da cidade que enfrentam desafios relacionados à saúde e segurança pública na região da Cracolândia e que em nenhum momento o nome do sacerdote foi mencionado.

O vereador expressou sua admiração, carinho e gratidão pelo trabalho do religioso, que é exemplo para muitos brasileiros em solidariedade e amor ao próximo. Thammy também afirmou que solicitou à sua assessoria jurídica que fizesse a retirada imediata de seu apoio à CPI, pois não concorda com o intuito do projeto, que seria atacar o padre Júlio Lancellotti.

A CPI das ONGs e as acusações contra o padre Júlio Lancellotti

A notícia sobre o apoio de Thammy Miranda à CPI das ONGs causou grande repercussão nas redes sociais. O vereador foi acusado de “trair” o padre Júlio Lancellotti, que havia o defendido anteriormente quando ele foi atacado por sua participação na campanha de Dia dos Pais da Natura.

Na época, políticos da extrema-direita, como o deputado federal Eduardo Bolsonaro, fizeram comentários negativos sobre Thammy. Em resposta, o padre questionou o que ofende a tal moral cristã, se é o pai trans que cuida de seu filho ou o abandono, a fome, o desrespeito e o veto ao auxílio emergencial às mães que criam seus filhos sozinhas.

A CPI das ONGs, da qual Thammy acabou se envolvendo indiretamente, tem como objetivo investigar duas entidades que realizam trabalho comunitário na região da Cracolândia, em São Paulo. O vereador Rubinho Nunes, do MDB e base do prefeito Ricardo Nunes, é o responsável pela CPI e alegou ter recebido “inúmeras denúncias” de que diversas organizações de caridade não estão prestando o devido acolhimento às pessoas em situação de rua e dependentes químicos da região.

Ele chegou a chamar as organizações de “máfia” em entrevista ao jornal O Globo, afirmando que a atuação do padre Júlio Lancellotti retroalimenta a situação das pessoas e que apenas doações de comida e sabonete não são suficientes para resolver o problema.

Padre Júlio Lancellotti se manifesta sobre as acusações

O padre Júlio Lancellotti, após as acusações feitas por Rubinho Nunes, se manifestou sobre o assunto e lamentou a atitude do vereador. Ele questionou se a Cracolândia deixaria de existir caso ele morresse, mostrando que a complexidade do problema vai além de sua atuação como religioso.

Lancellotti acredita que a criminalização de alguns indivíduos e entidades é uma forma de desviar o foco do verdadeiro problema, que é a dependência química e as condições precárias enfrentadas pelas pessoas em situação de rua. Ele enxerga a tentativa de investigação das atividades beneficentes como resultado do acirramento da polarização política em ano eleitoral.

Nas redes sociais, o religioso negou qualquer conexão com as ONGs citadas na CPI e esclareceu que a Pastoral de Rua, da qual faz parte, não tem envolvimento direto com as atividades que estão sendo investigadas. Ele ressaltou que a questão da Cracolândia precisa ser enfrentada com clareza e profundidade, sem criminalizar pessoas e movimentos que estão trabalhando para ajudar aqueles que precisam.

Conclusão

A polêmica envolvendo o vereador Thammy Miranda e a CPI das ONGs que mira o padre Júlio Lancellotti mostra a complexidade e polarização existentes no cenário político e social do país. O apoio de Thammy à comissão foi alvo de críticas, mas o vereador se defendeu afirmando ter sido vítima de fake news e ressaltou sua admiração pelo trabalho do sacerdote.

Ao se manifestar sobre as acusações, padre Júlio Lancellotti lamentou a postura do vereador que o acusou e destacou a importância de enfrentar o problema da Cracolândia com clareza e profundidade, sem criminalizar pessoas e entidades que estão trabalhando para ajudar os mais vulneráveis.

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