Amiga de Marcelinho Carioca revela detalhes do sequestro chocante: Descubra como tudo começou e o motivo por trás do vídeo gravado pelos bandidos

Tais Alcântara de Oliveira, mulher que foi sequestrada com Marcelinho Carioca no domingo (17), quebrou o silêncio e negou ter um relacionamento com o ex-jogador de futebol. Em uma entrevista exclusiva ao G1 nesta quarta-feira (20), Tais explicou que foi obrigada a usar tal argumento no vídeo que repercutiu na internet, apontando seu ex-marido, Márcio Moreira, como mandante do crime. Segundo a vítima, os criminosos forçaram ela e Marcelinho a fazerem a gravação, quando perceberam que poderiam ser pegos.

Na entrevista, Tais deixou claro que não existia nenhum relacionamento amoroso entre ela e Marcelinho Carioca. “Eu não tenho nenhum relacionamento com o Marcelinho. Nunca tive. A nossa relação é de amizade mesmo. Eu estou separada do Márcio. A gente mora em casas separadas, não estamos convivendo, apesar que ainda não saiu o divórcio. A gente continua casado no papel ainda”, esclareceu ela.

No vídeo divulgado pelos sequestradores, Marcelinho afirmou que havia conhecido Tais em uma festa e que ela era uma mulher casada. Ele continuou, alegando que o marido teria descoberto a suposta traição e os sequestrado. Segundo Tais, tudo isso não passa de uma invenção. “Uma pessoa ficou atrás segurando a coberta e outra ficou apontando a arma”, relembrou a mulher.

O sequestro ocorreu quando Tais entrou no carro de Marcelinho Carioca para pegar ingressos de um show. Eles deram uma volta de carro no quarteirão quando avistaram três homens se aproximando. Tais decidiu sair do carro, mas foi abordada pelos criminosos juntamente com o ex-jogador. Ela foi obrigada a entrar no banco de trás, enquanto Marcelinho Carioca foi colocado dentro do carro após receber uma coronhada.

Após o sequestro, eles foram levados para uma casa em Itaquaquecetuba, onde ficaram mais de 40 horas em cativeiro. Durante esse período, Tais e Marcelinho eram vigiados constantemente por membros do grupo criminoso. “Ficamos em um cômodo olhando para a parede. Recebíamos comida e água quando pedíamos, e sempre éramos acompanhados quando precisávamos ir ao banheiro”, revelou Tais.

Durante o cativeiro, os sequestradores também perguntavam constantemente sobre os valores nas contas bancárias de Tais e Marcelinho. Várias transferências foram feitas para as contas dos criminosos. Um policial suspeitou de um carro de luxo parado no bairro e ao pesquisar sobre o dono, chegou ao sócio de Marcelinho.

A Polícia Militar recebeu uma denúncia anônima sobre o endereço do cativeiro e os agentes encontraram Tais Oliveira e Marcelinho Carioca em um dos cômodos da casa. “Fiquei em choque de ver que aquilo estava realmente acontecendo, porque não são todos que conseguem sair de uma situação dessa vivo”, desabafou Tais.

A Polícia Civil indiciou seis pessoas por sequestro, extorsão, formação de quadrilha, roubo, lavagem de dinheiro e receptação. Quatro suspeitos estão presos e dois ainda estão sendo procurados. A Divisão Antissequestro (DAS) de São Paulo ficou encarregada das investigações do caso.

Após o ocorrido, Tais Oliveira revelou que está evitando olhar as redes sociais, pois já está traumatizada com o que aconteceu nos últimos dias. Ela pediu para que as pessoas compreendam que existe uma família por trás dessa situação e que evitem fazer críticas e colocá-la em uma situação que ela não merece.

Márcio Moreira, ex-marido de Tais, também se pronunciou sobre o caso. Ele afirmou que sua vida “virou do avesso” após ser apontado como mandante do crime. Márcio ressaltou sua índole e que foi muito bem tratado pelas autoridades. Ele revelou ainda que descobriu o desaparecimento de Tais através do filho no mesmo dia do sequestro e que tentou entrar em contato, mas não obteve êxito.

No fim de sua entrevista, Márcio compartilhou a foto de Tais nas redes sociais e sua vida mudou completamente. Ele recebeu mensagens de pessoas desconhecidas e até mesmo ameaças. “Foi um transtorno pra mim total”, desabafou ele.

O caso do sequestro de Tais Alcântara de Oliveira e Marcelinho Carioca chocou o Brasil e continua sendo investigado pelas autoridades. É importante que a justiça seja feita e que as vítimas recebam o suporte necessário para superar o trauma. Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião sobre essa situação assustadora.

rogerioribeiro

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