A tragédia de um fã de Taylor Swift no RJ: laudo revela brutalidade do crime e como amigos lidaram com a perda

O estudante Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos teve uma noite de diversão tragicamente interrompida durante sua viagem ao Rio de Janeiro. De acordo com o laudo da necrópsia divulgado nesta segunda-feira (20), Gabriel foi vítima de um crime brutal, com 23 facadas, na Praia de Copacabana. O rapaz, que tinha apenas 25 anos e era natural de Mato Grosso do Sul, foi para a cidade carioca com seus amigos para assistir ao tão aguardado show da cantora Taylor Swift.

As investigações revelaram que Gabriel e seus amigos estavam na Lapa, no centro do Rio, quando decidiram ir para Copacabana, utilizando um carro alugado. A intenção era aproveitar um momento relaxante na praia antes de retornarem para casa. Porém, o que eles não imaginavam é que o destino lhes reservaria uma terrível tragédia.

Enquanto os amigos de Gabriel desfrutavam da praia, o grupo foi abordado por ladrões. Os criminosos tentaram assaltá-los e, infelizmente, acabaram esfaqueando o jovem estudante. A reação dos amigos à tragédia foi registrada pelas câmeras de segurança da região, e as imagens são simplesmente desesperadoras.

Nas imagens, é possível ver os amigos de Gabriel correndo pelo local, pedindo socorro. Um deles se aproxima de um quiosque no calçadão, levantando a mão repetidamente e gritando por ajuda. Outros dois amigos se aproximam de um homem que estava sentado em um banco. Parece que eles estão tentando obter ajuda e o homem, possivelmente, está ligando para a polícia.

E então, para a sorte dos envolvidos, a polícia chega ao local em um quadriciclo da Polícia Militar. As vítimas indicam aos agentes a direção em que os bandidos fugiram. Uma viatura da Guarda Municipal e mais duas viaturas da PM também chegam para prestar assistência. Os policiais abrem o porta-malas de um dos carros e mostram os homens detidos aos amigos de Gabriel.

No meio dessa trágica situação, é possível ver os amigos de Gabriel sentados na ciclovia, consolando-se mutuamente. Minutos depois, uma ambulância se aproxima do local. Os bombeiros descem e conversam com os policiais, apenas para confirmar a triste notícia: Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos não resistiu aos ferimentos e faleceu.

O crime ocorreu por volta das 3 horas da manhã. Segundo informações do F5, do jornal Folha de S. Paulo, os criminosos responsáveis por esse ato covarde haviam acabado de ser liberados da prisão poucas horas antes. Anderson Henriques Brandão e Alan Ananias Cavalcante foram presos em flagrante e confessaram o latrocínio. O terceiro suspeito, Jonathan Batista Barbosa, foi encontrado na Praia de Botafogo no domingo à tarde e já era conhecido pela polícia da área.

De acordo com o G1, os criminosos levaram a chave de um veículo e dois telefones celulares. Alan e Jonathan já haviam sido presos anteriormente por roubarem 80 barras de chocolate, um roubo de baixo valor, mas foram soltos em uma audiência de custódia. O documento da liberação da prisão estava com Alan no momento do crime.

No caso do roubo das barras de chocolate, a juíza Priscila Macuco Ferreira determinou a liberdade provisória para os acusados, com medidas cautelares como comparecimento mensal em juízo e a proibição de retornarem à loja de departamento furtada. O Tribunal de Justiça justificou a decisão afirmando que os delitos foram cometidos sem violência ou grave ameaça, e que se tratava de furto de alimentos que foram recuperados e devolvidos.

A audiência de custódia relacionada à morte de Gabriel foi agendada para esta terça-feira (21). Em entrevista ao G1, a prima de Gabriel, Juliana Milhomem, compartilhou detalhes assustadores daquela madrugada, além de expressar sua revolta com a decisão da juíza em soltar os criminosos. Segundo Juliana, Gabriel estava cochilando quando acordou assustado com toda a movimentação. Provavelmente, os assaltantes interpretaram sua reação como uma tentativa de resistir ao assalto, mas na verdade foi apenas um reflexo ao barulho e caos repentino.

Juliana também desabafou sobre a sensação de insegurança que essa tragédia trouxe a ela e seus amigos: “Além da tristeza, a gente sente uma revolta, sabe? Porque era uma pessoa que estava presa e foi solta. E em menos de 12 horas matou uma pessoa. É uma sensação de injustiça. De que a gente não está seguro. Eu vim para passear, me divertir e estou voltando para casa levando meu primo morto”, lamentou.

Não há como negar a tristeza e indignação que cercam essa história. Um jovem inocente, em busca de diversão e de realizar um sonho de assistir ao show de sua cantora favorita, teve sua vida brutalmente interrompida. É uma terrível demonstração de como a violência e a impunidade ainda prevalecem em nosso país.

Convidamos você, leitor, a compartilhar suas opiniões e sentimentos sobre esse acontecimento trágico. Deixe seu comentário abaixo e vamos refletir juntos sobre a importância de lutar por um país mais seguro e justo para todos.

rogerioribeiro

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *