Viúva revela angústias e batalha judicial contra o filho de Chorão: um relato emocionante
Nesta terça-feira (30), Graziela Gonçalves, viúva de Alexandre Magno Abrão, o ‘Chorão‘, abriu o jogo e desabafou sobre a disputa judicial que enfrenta contra Alexandre Ferreira Lima Abrão, filho do cantor. Em entrevista ao site G1, Graziela lamentou o embate e expressou sua esperança de que o rapaz respeite seus direitos como herdeira.
O relacionamento de Chorão e Graziela durou 20 anos, enquanto Alexandre é fruto de um antigo relacionamento do músico, que faleceu em 2013. Durante o acordo do inventário do artista, a Justiça determinou que a estilista recebesse 45% dos direitos de imagens e produtos do Charlie Brown Jr, a icônica banda de rock fundada em 1992, com Chorão como vocalista. Já o filho do cantor detém os outros 55% dos direitos. Atualmente, há dois processos em andamento entre Graziela e Alexandre na Justiça.
Em sua entrevista, Graziela expressou o seu desejo de estabelecer uma relação cordial com Alexandre. Ela espera que ele passe a respeitar seus direitos para que eles possam ter paz e, talvez, até uma relação amigável no futuro. Segundo Graziela, muitas coisas que envolvem a imagem e produtos de Chorão e do Charlie Brown Jr dependem dessa harmonia, e ela busca forças nas músicas deixadas pelo cantor, que a inspiraram e continuam a motivá-la na busca por seus direitos.
Apesar de já ter aprendido a lidar com o luto, Graziela afirmou que a disputa judicial tem causado aborrecimento e desgaste. Para ela, o luto é algo presente na vida de todas as pessoas que perderam alguém amado e, com o tempo, aprendemos a lidar com ele de forma mais leve. No entanto, o verdadeiro problema está na disputa judicial, que traz muitos aborrecimentos e desgastes que poderiam ser evitados se a outra parte respeitasse as decisões judiciais que garantem os direitos de Graziela em relação ao espólio de Chorão após sua morte.
Quanto aos processos em andamento, o primeiro deles, que já corre desde 2022, envolve a suspeita de que Alexandre tenha firmado cerca de 20 contratos com empresas sem dar explicações a Graziela. Os advogados da estilista afirmam que ela ainda não recebeu as receitas provenientes desses contratos. Em outubro de 2022, o juiz Felipe Poyares Miranda, da 16ª Vara Cível do Fórum Central de São Paulo, determinou que Alexandre detalhasse os negócios à Graziela, mas até o momento ele não recorreu dessa decisão. A Justiça de São Paulo indicou uma perita para realizar um laudo contábil, avaliando todos os valores recebidos por Alexandre nos contratos sem a participação de Graziela. A defesa da estilista aguarda a entrega desse laudo.
Já na ação mais recente, Graziela reclama que Alexandre registrou sozinho a marca Charlie Brown Jr no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), ignorando os direitos da viúva como herdeira. De acordo com os advogados da estilista, eles tentaram resolver a questão amigavelmente, mas Alexandre se recusou a transferir os direitos. À Justiça, ele alegou que Graziela “distorceu os fatos” e “agiu de má-fé”. Até o momento, nem Alexandre nem seus advogados se manifestaram sobre esses processos.
A disputa judicial entre Graziela e Alexandre tem chamado a atenção do público e levanta diversas questões sobre herança, respeito aos direitos dos herdeiros e o tratamento a ser dado à memória de um artista tão querido como Chorão. Enquanto Graziela espera que o filho do cantor mude sua postura e passe a respeitar seus direitos, o caso continua em andamento nos tribunais.
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