Atriz denuncia experiências traumáticas nos bastidores de cenas de sexo de famoso filme e estabelece limites para novo projeto: ‘Minha dignidade não estava sendo respeitada’

Atriz Adèle Exarchopoulos revela bastidores traumáticos de cenas de sexo do filme ‘Azul é a Cor Mais Quente’ e impõe limites para novo projeto: ‘Me sentia uma prostituta’

A famosa atriz francesa Adèle Exarchopoulos compartilhou recentemente suas experiências traumáticas nos bastidores das cenas de sexo do filme “Azul é a Cor Mais Quente”, que marcou sua carreira. Em entrevista ao Daily Beast, Adèle comentou sobre os limites que ela impôs para protagonizar qualquer cena de sexo em futuros projetos, após as polêmicas vivenciadas durante as filmagens do longa dirigido por Abdellatif Kechiche.

Com um tom de fofoca, a atriz não poupou detalhes ao contar como se sentiu durante as gravações. “Claro, foi meio humilhante às vezes. Eu me sentia como uma prostituta. O diretor Abdellatif Kechiche usava três câmeras, e quando você precisa fingir um orgasmo por seis horas… Não dá para dizer que não foi nada. Mas para mim é mais difícil mostrar meus sentimentos do que o corpo”, afirmou Adèle.

A atriz também descreveu a dinâmica das gravações, revelando que o diretor realmente queria que eles entregassem tudo em cena. Ela ressaltou que a maioria das pessoas nem ousa pedir o que Kechiche pedia, e que as cenas de sexo eram coreografadas, o que diminuía o teor sexual do ato. No entanto, Adèle confessou que interpretar essas cenas era extremamente desafiador e que ela precisava se desligar do próprio corpo para realizá-las.

Outro obstáculo enfrentado por todos no elenco foi a falta de definição do fim do projeto. Adèle contou que eles não sabiam ao certo quando as filmagens seriam concluídas, o que gerava uma grande pressão. O diretor pressionava o elenco por “mais três meses”, deixando todos em uma situação complicada.

Depois da experiência negativa em “Azul é a Cor Mais Quente”, a atriz decidiu não passar pelo mesmo sofrimento novamente. Ela garantiu a si mesma que estabeleceria limites para cenas de sexo em futuros projetos. Dez anos depois do aclamado filme, Adèle está prestes a estrelar o novo drama “Passagens”, no qual interpreta o papel de Agathe.

No filme, dirigido por Ira Sachs, Adèle vive uma história sobre um casal gay em crise. O cineasta Tomas, interpretado por Franz Rogowski, desenvolve uma atração por Agathe, uma designer gráfica vivida pela atriz. Consciente das dificuldades enfrentadas em “Azul é a Cor Mais Quente”, Adèle deixou claro ao diretor quais seriam seus limites para as cenas de intimidade. Ela afirmou que não tinha problemas em realizar uma cena de sexo, mas não queria que as pessoas vissem seu corpo da mesma forma que antes.

Ira Sachs acolheu o pedido de Adèle e juntos encontraram um caminho diferente para a construção das cenas. Ao invés de sexualizar os corpos, o foco foi captar a busca mútua por desejo e sedução entre as personagens. A atriz enfatizou que existia uma conexão física entre ela e Franz, mas os limites estavam claros e respeitados por ambos.

Sobre a trama de “Passagens”, Adèle definiu o filme como “moderno” e destacou a importância de fugir dos clichês. Na sua opinião, a história não é sobre um “homossexual apaixonado por uma garota”, mas sim sobre um casal que está junto há muito tempo, mas que arrisca perder um ao outro ao ultrapassar um limite. Para ela, o filme é sobre o presente e aborda pessoas de culturas diferentes que têm dificuldade em expressar o próprio desejo.

Para concluir essa postagem, convidamos vocês, leitores, a compartilharem suas opiniões sobre as declarações de Adèle Exarchopoulos e sobre as situações de trabalho nos bastidores de filmes. Compartilhem suas experiências e perspectivas nos comentários abaixo!

rogerioribeiro

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